Levaram Esmeralda ao psicólogo. O nome de era Ian. De tão normal que era, se tornou estranho. E de tão estranho que era, não adiantou de nada a vida de Esmeralda.
Ela sabia de que tinha desviado do que era, e do que queria; e embora tentasse voltar ela não conseguia. Todos percebiam, menos Esmeralda. Todo dia achava que fazia um grande progresso e no entanto continuava no mesmo lugar.
Um dia, ela viu Ian na rua. Sentiu pena dele. Ele parecia infeliz, e que estava esperando sempre.
Resolveu ligar para Ian, pelo que me disseram o número dele tinha pardo por acaso em sua caixa do correio.
Ian demorou, mas contou a ela que estava esperando um buso há oito anos.
Segundo Esmeralda sabia, o ônibus não passava ali, há oito anos.
Parecia incrível, mas Ian não parecia infeliz como costumava; e Esmeralda mais reluzente do que normalmente. Foi nisso que Esmeralda disse: Mudei.
Não entendi durante cinco minutos, quando vi pela janela dela uma luz imensa. O brilho ofuscou meus olhos e não vi mais nada apenas a sombra de um ônibus. Desmaiei.
Quando acordei, havia pendurado na janela de Esmeralda, uma foto:
Uma boneca com os olhos verdes como Esmeralda, e um buso de linha com destino para Ian.
A foto foi guardada durante 8 anos, quando tive coragem de olhá-la melhor e ver o que estava escirto atrás:
"O seu ônibus sempre chegará, se você acreditar!"
segunda-feira, 19 de março de 2007
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2 comentários:
Vc escreve claramente e dá a resolução do conto ao leitor. Procure ler Clarice Lispector, te ajudará, se esse for seu caminho, nos contos.
Abraços
muito legal o post.
seu blog tambem.
ate o proximo...
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